terça-feira, 14 de setembro de 2010

CASO CLINICO B FISIO DA ODONTO UNIFOR

Paciente, 18 anos, sexo feminino, estudante, em tratamento no plano dentário “Dente
Emo”, compareceu ao consultório odontológico do cirurgião buco-maxilo-facial para
consulta inicial.
HDA: Relata estar iniciando TTO ortodôntico, sendo necessária extração dentária dos
dentes 14, 24, 34, 44, 18, 28, 38 e 48;
História Médica: Relata IMC 35, porém culpa ser resultado da sua baixa estatura (1,55m
e 85 kg). Acrescenta que nas quatro últimas consultas com o nutricionista sua PA sistólica
está variando entre 160-180 mmHg e a diastólica 100-120 mmHg;
História Familiar: Mãe hígida e pai falecido após quadro de trombose arterial aos 39
anos de idade;
História Farmacológica: Relata uso de anel intravaginal como medida anticonceptiva;
Exame Físico Extra-oral: NDN;
Exame Físico Intra-oral: NDN.
 estou abrindo um espaço para dúvidas para vcs é só postar que eu respondo!

Abordagem Farmacologica caso I

               A criança que sofre trauma dentoalveolar,ao ser encaminhada  para o consultório de     odontopedria,o profissional deve ter consciência de orientar o paciente a procurar um serviço de cirurgia bucomaxilofacial para realização dos exames necessários.
              Em atendimento de urgência em serviço qualificado, o cirurgião deve administrar midazolan por via oral ou parenteral,é claro que somente se for necessário, se a criança apresentar-se muito ansiosa a ponto de não permitir o exame físico e radiográfico,  a única medicação que deve ser indicada é um analgésico para tratamento da dor local aguda, para a paciente em questão por apresentar  alergia ao ácido acetilsalicilico (AAS), e alergia a corantes e a conservantes nehuma solução oral foi indicada, assim como também deve ser evitado o uso de anestésico com vasoconstricor , o medicamento mais indicado é a dipirona via intramuscular ou retal.
              O uso de  antibióticos para prevenir futuras infecções deve ser averiguado a partir de exames radiográficos como periapical, panorâmico ,cefalométrico e oclusal, caso esses exames indiquem presença de fratura  tipo “galho verde” ou “rachadura” no osso alveolar , sem  deslocamento, não haverá necessidade de antibioticoterapia, mas somente   lavagem diária com clorexidina 0,2%,durante  pelo menos 10 dias e acompanhamento com odontopediatra, mas caso a fratura venha apresentar deslocamento ou a necessidade de fixação rígida ou  semi-rigída,deve-se realizar profilaxia bacteriana antes de qualquer procedimento operatório como a mobilização por fios de aço, para evitar possíveis infecções, no caso da criança alérgica a penicilina e amoxilina  o medicamento de escolha deve ser a eritromicina ,pois nesse caso se mostrará mais eficaz e seguro, outros fatores são muito discutidos, como muitas vezes o cirurgião-dentista não esta informado completamente sobre a condição sistêmica da criança ou mesmo não conhece  as condições em que ela vive, opta pelo antibiótico profilático como medida de segurança, para evitar a formação de um abcesso como a trombose do seio cavernoso ou uma celulite facial.



HIPERSENSIBILIDADE parte V

HIPERSENSIBILIDADE parte IV


E a alergia a AAS?

       A  paciente apresentava uma alergia a AAS , o que isso quer dizer?
       Basta concluímos que ela não  poderia entrar em contato com AAS pois apresentava uma hipersensibilidade, existe quatro tipos, e estudamos todos esses tipos e concluímos que o tipo I era o tipo específico da paciente em questão.
       A hipersensibilidade imediata ou anafilática  ocorre em indivíduos que apresentam uma resposta ao antígeno predominantemente Th2 , nestes indivíduos , as substâncias que não inerentemente nocivas desencadeiam a produção de  anticorpos do tipo IgE .Estes anticorpos fixam-se aos mastócitos, e num contato subseqüente  com o material provoca a liberação de histamina, PAF, eicosanóides e citocinas o que gera um estímulo para um processo inflamatório, pode levar até um choque anafilático levando o paciente a óbito.
As células T capturam o antígeno , e em resposta a este antígeno as células T se diferenciam em Th2 , essas células Th2 recém –criadas  sintetizam um cluster de citosinas(IL-4,IL-5, IL-13 ) a IL-4 é essencial para ativar as células B produtoras de IgE e para manter o desenvolvimento das células Th2 , IL-5 ativa os eosinófilos, IL-13 promove a produção de IgE e atua nas células epiteliais.Os mastócitos e os basófilos expressam receptores de alta afinidade pelos IgE , ligando-se assim aos seus anticorpos, quando um mastócito equipado com um anticorpo entra em contato de novo com o alérgeno específico, uma série de ações ocorre devido a liberação de mediadores químicos como a histamina pelo mastócito.


HIPERSENSIBILIDADE parte III


HIPERSENSIBILIDADE  TIPO IV

É mediada por células, é iniciada pelos linfócitos T ativados por antígenos(sensibilizados).”
É um tipo de resposta imune exagerada de origem leucocitária, principalmente de monócitos e linfócitos T. Nesta reação há uma superestimulação da quimiotaxia dessas células, fazendo com que haja uma superpopulação de leucócitos em determinada região. Essa estimulação, feita pelas CAA (células apresentadoras de antígenos), torna-se sem controle e o que há é uma contínua atração celular pela expressão de moléculas de adesão e fatores quimiostáticos (como fatores de crescimento).
Os monócitos ativados sofrem alterações: aumentam de tamanho, aumentam seu metabolismo, aumentam sua capacidade de fagocitar e matar microorganismos, facilitam a apresentação de antígenos, estimulam a proliferação de fibroblastos etc. Portanto, os monócitos ativados (macrófagos) servem para eliminar o antígeno agressor e, se sua ativação persistir,, provocam fibrose e necrose tecidual. É também chamada de hipersensibilidade do tipo tardia,



HIPERSENSIBILIDADE II



HIPERSENSIBILIDADE  TIPO III
É a formação de complexos antígeno-anticorpos causam lesões aos tecidos principalmente  por provocarem inflamação no local da deposição.”
 
       É induzida por complexos antígeno-anticorpo que produzem lesão tecidual como resultado de sua capacidade de ativar o sistema complemento. A reação tóxica é iniciada quando o antígeno se liga ao anticorpo, tanto na circulação, quanto em locais extravasculares onde o antígeno possa estar precipitado. Os complexos formados na circulação produzem lesão tecidual principalmente quando ocorrem nas paredes dos vasos ou em estruturas filtrantes, como nos glomérulos renais.
As doenças mediadas por imunocomplexos podem ser gerais, quando se formam na circulação e depois são depositados em determinados órgãos; ou localizadas, como nos rins, nas articulações ou pequenos vasos, quando os imunocomplexos são formados e depositados localmente (reação local de Arthus).
A patogênese pode ser dividida em 3 fases: formação do complexo antígeno-anticorpo na circulação; deposição tecidual; e resposta inflamatória local no organismo.
        A formação dos imunocomplexos está relacionada a quantidade relativa de anticorpos para cada partícula antigênica. Como cada molécula de anticorpo tem pelo menos dois braços de ligação com o antígeno, um excesso de anticorpo favorece a ligação de vários anticorpos na mesma partícula antigênica. Isso aumenta sua massa, sua carga, sua estrutura tri-dimensional etc, fatores que permitem a precipitação.
        Depositado, o imunocomplexos inicia uma reação inflamatória aguda. Durante essa fase, fabre, urticária, artralgias, aumento dos linfonodos e proteinúrias começam a surgir. A precipitação ativa o sistema complemento. Entretanto, não se trata de células, e sim de complexos protéicos que não podem ser lisados pelo complemento. O resultado é uma lise das células epiteliais dos capilares onde os complexos estão adsorvidos, levando a hemorragia. Os danos teciduais também ocorrem devido à ação de radicais livres de oxigênio, produzidos por neutrófilos ativados. Os imunocomplexos ainda causam agregação plaquetária e ativam o fator de Hageman, os quais iniciam a formação de microtrombos.

HIPERSENSIBILIDADE


É  uma  resposta  imunológica  indesejada,  também denominada  de  reações  alérgicas.
HIPERSENSIBILIDADE  TIPO I
“ uma reação imune que se desenvolve rapidamente, ocorrendo minutos após o acoplamento de um antígeno  com um anticorpo ligado a mastócitos de indivíduos previamente sensibilizados  ao antígeno.”
HIPERSENSIBILIDADE  TIPO II
“É   mediada por anticorpos  direcionados  contra antígenos presentes na superfície  celulares ou na matriz extracelular .”

   É mediada por anticorpos diretamente contra antígenos presentes na superfície de células ou outros componentes teciduais. Os determinantes antigênicos podem ser estar no interior da membrana celular ou estar adsorvido à sua superfície, como metabólitos de drogas. Em qualquer caso, a reação resulta da ligação de anticorpo a antígeno de superfície celular normal ou alterada.
Pode se dar de 3 formas:
· Reações dependentes do complemento: a destruição celular pode ocorrer tanto por ação direta do sistema complemento (formação de canais transmembranares nas células invasoras, ocasionando a morte celular), quanto por opsonização (onde as células invasoras se tornam suscetíveis à fagocitose pela fixação do anticorpo ou do fragmento C3b do complemento na superfície celular).
· Citotoxidade mediada por células dependentes de anticorpo: neste caso não há fixação do sistema complemento, mas há cooperação de leucócitos. As células-alvo, revestidas por pequenas concentrações de IgG, são mortas por toxinas liberadas por uma variedade de células (monócitos, neutrófilos, eosinófilos e outras). Não há fagocitose. Esta reação ocorre quando o alvo é muito grande para ser fagocitado, como por exemplo parasitas, células tumorais e rejeição de transplantes.
·      Disfunção celular mediada por anticorpos: em alguns casos, anticorpos contra receptores de superfície impedem ou desregulam a função, causando injúria celular ou inflamação. Como exemplo tem-se a miastenia grave, em que anticorpos reagem com receptores de acetilcolina nas placas motoras dos músculos esqueléticos, causando fraqueza muscular.



sábado, 4 de setembro de 2010

HEMOSTASIA


Prevenção da perda de sangue , sempre que um vaso é seccionado ou se rompe, a hemostasia é feita por diversos mecanismos,incluindo um espaço vascular, a formação de um tampão plaquetário, a formação de um coágulo sanguíneo como resultado da coagulação do sangue e o crescimento final do tecido fibroso no interior do coágulo sanguíneo para fechar permanentemente o orifício no vaso.
Após a lesão inicial, há um breve período de vasoconstrição arteriolar, atribuível principalmente a mecanismos neurogênicos reflexos e amplificada pela secreção local de fatores como a endotelina,entretanto, o efeito é transitório e o sangramento recomeçaria não fosse a ativação dos sistemas plaquetários e da coagulação. A lesão endotelial expõe a matriz extracelular subendotelial altamente trombogênico, que promove a aderência e ativação das plaquetas, isto é, elas sofrem uma alteração da forma e liberam grânulos secretores,dentro de minutos, os produtos secretados terão recrutado plaquetas adicionais para formar um tampão hemostático primário.
O fator tecidual, um fator pró-coagulante ligado à membrana e sintetizado pelo endotélio, também é exposto no local da lesão,atua juntamente com os fatores plaquetários secretados para ativar a cascata da coagulação, culminando na ativação da trombina. Por sua vez, a trombina converte o fibrinogênio solúvel circulante na fibrina insolúvel,resultando no depósito local de fibrina, a trombina também induz o recrutamento adicional de plaquetas e liberação de grânulos,essa seqüência, hemostasia secundária, demora mais tempo do que o tampão plaquetário inicial, a fibrina polimerizada e os agregados plaquetários formam um tampão permanente sólido a fim de prevenir a continuação da hemorragia,nesse estágio, mecanismos contra-reguladores , o ativador de plasminogênio tecidual, entram em modo a restringir o tampão hemostático ao local da lesão.

DOR



TIPOS DE DOR
Dor Local Aguda
Possuí função de alerta, segue-se a uma lesão tecidual e geralmente desaparece após resolução do processo patológico. A dor pode ser classificada como aguda, quando decorre de sintomas, e funciona, biologicamente, como alerta para o organismo. Tal tipo de dor associa-se a alterações neurovegetativas e está delineada espacial e temporalmente à lesão causadora, como, por exemplo, inflamações, traumas, infecções ou pós-operatório.
O tratamento clássico da dor (aguda) consiste em repouso e uso de fármacos para o alívio do sintoma, para favorecer a cicatrização da lesão e a redução do processo inflamatório.

Dor Local Crônica
É persistente ou recorrente e não está necessariamente associada a uma lesão no organismo. A cronificação da dor pode ser de causa desconhecida. Em sua classificação, consideram-se crônicas aquelas em que o sintoma se mantém além do tempo fisiológico de cicatrização de determinada lesão, ou por permanecer por mais de três meses, por exemplo, as síndromes dolorosas como lombalgias crônicas ou fibromialgia.

Dor Nociceptiva:
Surge de estimulo corrente dos nociceptores periféricos, como no caso de trauma crônico recorrente ou de doença degenerativa; a fonte pode ser somática ou visceral

Dor Referida
Quando uma pessoa sente dor numa parte do corpo consideravelmente distante dos tecidos que causam dor, também chamada de dor superficial, onde a pessoa tem a impressão que as sensações realmente se iniciaram na pele.

Dor visceral
É uma dor que tem origem nas vísceras do abdômen e do peito, normalmente esse tipo de dor não é muito acentuada

Apesar de todos os receptores da dor serem terminações nervosas livres ,essas terminações utilizam duas vias separadas para transmitir os sinais da dor para o sistema nervoso central. Os estímulos que excitam esses receptores são de origem mecânica, térmica e estímulos dolorosos químicos que são especialmente importantes estimulando um tipo de dor intensa que ocorre após a lesão dos tecidos, essas substâncias incluem a bradicinina, serotonina , histamina e prostraglandina.

Vias de condução

Via da dor rápida-aguda
Os sinais são transmitidos nos nervos periféricos para medula espinhal por fibras pequenas do tipo A delta com velocidade de 6 a 30 m/s, e ao entrarem na medula espinhal segue pelo feixe neoespinotalâmico para o cérebro, estes dão origem a fibras longas que cruzam imediatamente para o lado oposto da medula pela comissura anterior e depois vão para cima em direção ao cérebro nas colunas ântero-laterais. Algumas fibras do feixe terminam nas áreas reticulares do tronco cerebral, mas a maioria segue todo trajeto até o tálamo , terminando sobretudo no complexo ventro-basal,, a partir desta área os sinais são transmitidos para outras áreas basaia do cérebro e para o córtex sensorial somático.

Via da dor lenta-crônica
A via de condução lenta é a via paleoespinotalâmica ,a dor transmitida nessa via , quase não é possível para o sistema nervoso localizá-la , não existe um ponto detalhado e sim uma região , o que a caracteriza como uma dor crônica ou difusa, ela é transmitida pelas fibras C muito menores e que conduzem mais lentamente com velocidade entre 0,5 e 2 m/s e termina amplamente disseminada no tronco cerebral e um quarto faz todo trajeto até o tálamo.

Apesar de todos os receptores da dor serem terminações nervosas livres ,essas terminações utilizam duas vias separadas para transmitir os sinais da dor para o sistema nervoso central. Os estímulos que excitam esses receptores são de origem mecânica, térmica e estímulos dolorosos químicos que são especialmente importantes estimulando um tipo de dor intensa que ocorre após a lesão dos tecidos, essas substâncias incluem a bradicinina, serotonina , histamina e prostraglandina.

Vias de condução

Via da dor rápida-aguda
Os sinais são transmitidos nos nervos periféricos para medula espinhal por fibras pequenas do tipo A delta com velocidade de 6 a 30 m/s, e ao entrarem na medula espinhal segue pelo feixe neoespinotalâmico para o cérebro, estes dão origem a fibras longas que cruzam imediatamente para o lado oposto da medula pela comissura anterior e depois vão para cima em direção ao cérebro nas colunas ântero-laterais. Algumas fibras do feixe terminam nas áreas reticulares do tronco cerebral, mas a maioria segue todo trajeto até o tálamo , terminando sobretudo no complexo ventro-basal,, a partir desta área os sinais são transmitidos para outras áreas basaia do cérebro e para o córtex sensorial somático.

Via da dor lenta-crônica
A via de condução lenta é a via paleoespinotalâmica ,a dor transmitida nessa via , quase não é possível para o sistema nervoso localizá-la , não existe um ponto detalhado e sim uma região , o que a caracteriza como uma dor crônica ou difusa, ela é transmitida pelas fibras C muito menores e que conduzem mais lentamente com velocidade entre 0,5 e 2 m/s e termina amplamente disseminada no tronco cerebral e um quarto faz todo trajeto até o tálamo.

inflamação VI



O processo de coagulação e de inflamação são processos que estão intimamente relacionados,o sistema de coagulação está dividido em duas vias que convergem culminando na ativação da trombina e na formação da fibrina.Ao mesmo tempo que o fator XIIa está estimulando a formação do coágulo, ele também pode ativar o sistema fibrinolítico, essa cascata contrabalança a coagulação através da clivagem da fibrina, solubilizando o coágulo de fibrina. O ativador de plasminogênio cliva o plasminogênio , uma proteína plasmática que se liga ao coágulo de fibrina em desenvolvimento para gerar plasmina –uma protease multifuncional, ela faz a lise da fibrina do coágulo e no contexto da inflamação ela também cliva C3 dando início a cascata de complemento,degrada a fibrina e os seu produtos podem possuir propriedades que induzem à permeabilidade e ativa o fator de Hageman, que inicia várias cascatas.

infamação V

CASCATA DE CININA
Os mediadores que estão presentes no plasma na forma de precursores que devem ser ativados , geralmente por meio de uma série de clivagens proteolíticas , para adquirir suas atividades biológicas.Nós temos a ativação do fator XII e ativação do complemento.
A cascata que produz as cininas é desencadeada pela ativação do fator de Hageman (FATOR XII DA VIA INTRÍSECA DA COAGULAÇÃO ) quando entra em contato com a superfície de carga negativa , como o colágeno e as membranas basais é produzido um fragmento do fator XII que converte a pré-calicreína plasmática em sua forma proteolítica , a enzima calicreína, esta cliva o precursor glicoprotéico do plasma , o cininogênio de alto peso molecular , para produzir a bradicinina.
O fator de Hageman ou fator XII é uma proteína sintetizada no fígado que circula em sua forma inativa até entrar em contato com o colágeno, membrana basal ou plaquetas ativas (como ocorre nos locais de adesão), esse fator sofre assim alterações em sua conformação, expondo um centro ativo contendo serina que pode , subseqüentemente,clivar substratos protéicos e ativar uma variedade de sistemas de mediadores.




CASCATA DE COAGULAÇÃO
A ativação da cascata de coagulação é resultado da ativação da trombina a partir do precursor protrombina ,que por sua vez cliva o fibrinogênio solúvel circulante,gerando um coágulo de fibrina insolúvel, durante essa conversão fibrinopeptídIos são formados, induzindo aumento da permeabilidade vascular e a atividade quimiotática para os leucócitos, a trombina também tem atividades inflamatórias,incluindo o aumento da aderência leucocitária e da proliferação de fibroblastos.
1. O fator XII entre em contato com o colágeno, membrana basal e plaquetas ativadas.
2. É produzido o fator XIIa , expondo seu centro ativo contendo serina,ele começa a clivar substratos protéicos.
3. Ativação de trombina através do seu precursor a protrombina
4. A trombina cliva o fibrinogênio para gerar um coágulo insolúvel de fibrina.

A trombina também se liga a receptores tipo1 (PAR 1) receptores ativados por proteases,esses receptores são ligados à proteínas G e são expressos por plaquetas, células endoteliais e musculares lisa, a ligação desses receptores com proteases, desencadeia várias respostas que induzem a inflamação.


CASCATA DE COMPLEMENTO
Na inflamação esse sistema é ativado através de várias manifestações locais como a vasodilatação,aumento do fluxo sangüíneo(causando eritema e dor) extravasamento e deposição do plasma e proteínas(edema) e a migração e acúmulo de leucócitos no local da lesão. Entre os componentes do complemento ,C3 e C9 são os mediadores inflamatórios mais importantes e podem ser ativados por várias enzimas proteolíticas presentes no exsudato inflamatório(plasminas e enzimas lisossomais liberadas pelos neutrófilos). A ativação da cascata de complemento pode ser feito através de três vias diferentes , as vias clássica,da lecitina e alternativa, sendo essa última a via da inflamação, nessa via a clivagem espontânea do C3, que ocorre normalmente, é amplificada e estabilizada pelo complexo formado por C3b e um produto de degradação do fator B chamado de Bb; o complexo C3bBb é uma convertase de C3.O C3b , que é gerado por qualquer uma das vias , liga-se à C3 convertase e produz a C5 convertase, que cliva o C5. O C5b permanece ligado ao complexo e forma um substrato para a ligação posterior dos componentes C6-C9. Formas polimerizadas de C9 formam um canal na membrana lipídica, chamado de complexo de ataque à membrana, que permite a entrada de lipídios e íons, causando lesão celular .
Fenômenos vasculares , adesão , quimiotaxia,ativação de leucócitos e fagocitose. C5a é um potente agente quimiotático para neutrófilos , monócitos, eosinófilo e basófilos e também ativa a via de lipoxigenase do metabolismo do ácido aracdônico. C3a e o C5a liberam a histamina pelos mastócitos sendo assim chamados de anafilotoxinas e o C3b inativado quando fixados à parede bacteriana , agem como opsoninas e facilitam a fagocitose por neutrófilo e macrófago.


SISTEMA FIBRINOLÍTICO
Ao mesmo tempo que o fator XIIa está estimulando a formação do coágulo, ele também pode ativar o sistema fibrinolítico, essa cascata contrabalança a coagulação através da clivagem da fibrina, solubilizando o coágulo de fibrina. O ativador de plasminogênio cliva o plasminogênio , uma proteína plasmática que se liga ao coágulo de fibrina em desenvolvimento para gerar plasmina –uma protease multifuncional, ela faz a lise da fibrina do coágulo e no contexto da inflamação ela também cliva C3 dando início a cascata de complemento,degrada a fibrina e os seu produtos podem possuir propriedades que induzem à permeabilidade e ativa o fator de Hageman, que inicia várias cascatas.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

inflamação IV

METABÓLITOS DO ÁCIDO ARACDÔNICO
Os mediadores de síntese imediata nós temos os metabólicos do ácido aracdônico, é um ácido graxo que está presente na forma esterificada nos fosfolipídios da membrana sendo liberados através da ação das fosfolipases celulares que podem ser ativados por estímulos mecânicos,físicos, químicos ou por outros mediadores.

O ácido aracdônico é sintetisado pela ciclooxinase e as lipoxigenase.A via da ciclooxigenase é ativada por duas enzimas Cox 1 e Cox 2 que leva a formação das prostaglandinas .Apartir da prostaglandina é formado as PGD2, PGE2, PGF2, prostaciclna e os tramboxano.
Na via da lipoxigenase, os produtos iniciais são gerados por três lipoxigenases diferentes a 5-lipoxigenas e predominante nos neutrófilos seu produto é o 5-HETE que é quimiotático e é convertido em leucotrienoB4, 5-PHETE também forma leucotrienos A4,C4,D4 e E4.As lipoxinas A4 e B4 são geradas pela ação da lipoxigenase 12 das plaquetas no LTA4 derivados dos neutrófilos.

O HETE e o leucotrieno B4 estimulam a quimiotaxia e a adesão leucocitária e em contradição as lipoxinas inibem a quimiotaxia dos neutrófilos e estimulam a adesão dos monócitos, e são vasodilatadores já em contradição com os leucotrienos C4,D4 Ee4, que são vasoconstrictores e aumentam a permeabilidade vascular(broncoespasmo relacionados com a patogenia da asma).As prostaciclinas causam vasodilatação e inibem a agregação plaquetária , enquantos os tramboxanos causam vasoconstrição e promovem a agregação plaquetária. As PGD2,PGE2 e PGF2 causam vasodilatação e potencializam o edema(A PGE2 está muito associada a hiperalgesia).É bom observa que estes mediadores alguns apresentam efeitos contrários, sugere-se que é como se tentasse promover um equilíbrio,ou mesmo a resolução da inflamação por meio da homeostasia.



inflamação III

Mediadores químicos da inflamação
Os mediadores químicos, são substância que induzem ou só participam do processo de inflamação,que eles são originados nas células ou no plasma, as principais atividades biológica deles são ligar-se a receptores específicos em células alvos,tem atividade enzimática direta e causam danos oxidativos.
Normalmente eles tem meia vida curta, pois quando são ativados ou liberados pelas células , eles são deteriorados rapidamente,podem ser inativados por enzimas,como podem ser também eliminados e inibidos,além do mais os mediadores são altamente monitorados, ou seja, existem sistemas de equilíbrio que regulam as ações dos mediadores ,pois a maioria deles têm o potencial para causar efeitos danosos, daí o fato da inflamação não ser uma coisa tão boa e muitas vezes ser encarada como uma vilã para o nosso organismo. O que faz as células ou plasma liberarem esses mediadores ? deduz-se que a lesão tecidual, originada a partir do trauma contuso seja o fator que desencadeia a liberação ou a formação desses mediadores.
De origem celular eu posso ter pré-formados em grânulos e os de síntese imediata,a principal diferença entre eles é o fato de os mediadores que são pré-formados em grânulos é que eles são armazenados dentro da células e que precisam de um estímulo para serem liberados, já os de síntese imediata eles precisam de enzimas que vão auxiliar na sua fabricação.


AMINAS VASOATIVAS
As aminas vasoativas são exemplos de mediadores que estão pré-formados em grânulos, no caso da histamina, ela está presente em quase todos os tecidos,armazenada em mastócitos e basófilos, quando eu tenho um estímulo físico como um trauma, os mastócitos eles vão liberar histamina, já a serotonina está presente nas plaquetas e sua liberação ocorre quando há uma agregação plaquetária apos o contato com o colágeno e a trombina.Os efeitos da serotonina é Aumento da permeabilidade vascular e Vasodilatação.
Os efeitos da histamina são Dilatação das arteríolas e aumenta a permeabilidade das vênulas e nas artérias de maior calibre causa constrição.Principal mediador da fase transitória imediata Age na microcirculação, se ligando a receptores , principalmente por meio da sua ligação aos receptores H1 nas células endoteliais.
OUTROS MEDIADORES
Outros mediadores de origem celular mas que são de síntese imediata é PAF, CITOCINAS QUIMIOCINAS E ÓXIDO NÍTRICO , o PAF é um fosfolipídio, uma longa cadeia de ácido graxos, e Ele é produzido por vários tipos celulares, plaquetas, basófilos, neutrófilo, mastócitos, os seus efeitos são aumento da adesão leucocitária, quimiotaxia, desgranulação de outros mediadores, síntese de outros mediadores especialmente eicosanóides.
As citocinas são proteínas produzidas por linfócitos e macrófagos ativados mas também em células do endotélio ( o TNF e a IL-1 são as principais as duas principais citocinas),os principais efeitos são efeitos no endotélio, efeitos nos leucócito e fibroblastos, eles induzem a síntese das moléculas de adesão endotelial e mediadores químicos.
As quimiocinas são proteínas pequenas que agem como quimiotático, que tem uma função de atração as células de defesa específicas essas quimiocinas são induzidas por outras citocinas seus efeitos principais é o recrutamento de leucócitos aos locais da inflamação e controlam a migração normal de células através de vários tecidos.
O óxido nítrico é um gás solúvel produzido pelas células endoteliais,pelos macrófagos e alguns neurônios no cérebro. Existem três tipos de óxido nítrico, endotelial, induzível e o neuronal. Ele age como um regulador endógeno de todo processo de inflamação ,ele age como mecanismo compensatório que reduz a resposta inflamatória.